A obesidade define-se como uma acumulação excessiva de gordura corporal, que pode ocorrer por diversos fatores.
Atualmente estima-se que cerca de 50% dos nossos cães e gatos sofram de excesso de peso e muitas vezes em consulta surge a questão “Dra., a minha mascote é obesa?”. Consideramos que o animal está obeso quando tem uma percentagem de gordura entre 15-20% acima do que é considerado normal. E, embora, existam algumas raças que estão predispostas a ter excesso de peso, nomeadamente, Labrador Retriever, Pug, Beagle, Cocker Spaniel, outros fatores contribuem para a obesidade do seu animal, tais como:
- Alimento em excesso ou que não seja adequado à idade, tamanho e atividade física
- Recompensas
- Atividade física reduzida
- Patologias hormonais (hipotiroidismo…)
Para avaliarmos se um pequenote sofre de uns quilinhos a mais, temos alguns parâmetros que nos servem de indicadores e nos auxiliam:
- não conseguir sentir as costelas
- ausência de cintura definida
- depósitos/ acumulação de gordura na zona da caixa torácica, base da cauda e na zona dos rins
- abdómen distendido
Nas últimas décadas, a obesidade, tal como acontece nos seres humanos, tornou-se na patologia nutricional mais frequente nos nossos animais de estimação. O excesso de peso está associado ao elevado risco de desenvolver outras enfermidades, as quais diminuem a qualidade de vida dos nossos animais.
Entre os riscos associados à obesidade podemos encontrar:
- Letargia, intolerância ao exercício, dificuldade em perder calor corporal
- Desenvolvimento de problemas respiratórios, sobretudo nos animais braquicefálicos (pug, bulldog francês; bulldog inglês) que já têm dificuldade respiratória por a raça ser de focinho achatado.
- Desenvolvimento de diabetes (resistência à ação da insulina)
- Desenvolvimento de patologias articulares (osteoartrite, rutura de ligamentos)
- Desenvolvimento de certas neoplasias (aumento do risco de tumor mamário na cadela)
- Aumento do risco anestésico em cirurgias
- Redução da esperança média de vida (num cão de porte grande/gigante pode reduzir até 2 anos a expectativa de vida
Mas como podemos evitar ou reduzir a obesidade no nosso animal?
- Controlar a quantidade do alimento fornecido (seguir as instruções que vêm nas embalagens de comida, da dose diária recomendada), bem como a adequação às características do seu animal.
- Incentivar à atividade física (passeios, brinquedos que estimulem o exercício, parques petfriendly)
- Diminuir a quantidade de recompensas alimentares e substituí-las por outro tipo de recompensa (miminhos ou uns minutos de brincadeira)
- Animais idosos e castrados têm uma maior tendência a ficar obesos, então, proporcione-lhes um alimento próprio para estas condições.
MUITO IMPORTANTE
Não se esqueça que o aconselhamento periódico com o seu veterinário ajuda, igualmente, a reduzir o risco de aparecimento deste e de outros problemas que podem comprometer a saúde e bem-estar do seu melhor amigo. Agora, já pode fazer um pedido de marcação de consulta através do nosso formulário online ou pelo WhatsApp, contudo, se preferir, mantemos os meios tradicionais 935 450 515 (Chamada para rede móvel nacional) ou mensagem privada nas redes sociais de Facebook e Instagram.
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Artigo escrito pela Médica Veterinária Anabela Garcia do Hospital Veterinário +Ani+ para o Blog +Ani+.