A toxoplasmose, conhecida como “Doença do Gato”, é provocada por um parasita protozoário chamado Toxoplasma gondii – parasita amplamente distribuído no mundo. A sua prevalência em humanos varia de acordo com as condições climáticas da região, hábitos de higiene, alimentares e culturais da população.
É muito frequente ouvirmos falar de toxoplasmose em mulheres grávidas, uma vez que a ausência da imunidade traz preocupações acrescidas. As gestantes, assim como crianças e adultos, geralmente não apresentam sintomas quando adquirem a toxoplasmose, no entanto, essa infeção adquirida durante a gestação pode ser transmitida ao feto e causar sequelas neurológicas e oculares de gravidade variável.
Quais as fontes de infeção da toxoplasmose?
- Ingestão de carne crua ou mal cozinhada, que contenha alguma forma de Toxoplasma gondii.
- Ingestão de oocistos do parasita eliminados pelas fezes de gatos infetados e presentes nos alimentos ou água.
- Via transplacentária ou vertical (da mãe para o feto).
Mesmo quem não tem gatos pode ter toxoplasmose?
Sim, pode! É verdade. Não é necessário entrar em contacto direto com gatos, sendo suficiente estar num ambiente onde estiveram gatos infetados.
Neste sentido, a prevenção é fundamental e envolve uma série de medidas voltadas para a profilaxia da transmissão do Toxoplasma gondii.
As principais medidas de prevenção contra a toxoplasmose são:
- Cozinhar adequadamente os alimentos, no mínimo até aos 70ºC para eliminar todas as forma de toxoplasma;
- Congelar previamente a carne antes de a cozinhar;
- Higienizar frutas, legumes e hortaliças em água corrente abundante e tratada;
- Lavar bem os utensílios de cozinha que tenham entrado em contato com carnes cruas;
- Mulheres grávidas devem evitar manipular terra ou areia e cuidados com o jardim, mas se o fizerem devem usar luvas e lavar as mãos após a manipulação;
- Evitar contacto com fezes de felinos. Caso haja um gato em casa, a gestante não deve ser responsável pela limpeza da caixa de areia que ele utiliza e, se possível, esta deve ser trocada diariamente por outra pessoa.
- Para evitar que o gato seja infetado, alimentá-lo com ração;
- Controlar moscas ou insetos que podem transportar os oocistos do parasita e contaminar alimentos;
- As gestantes devem ingerir apenas água tratada ou fervida.
Desmitificando a toxoplasmose
É importante salientar que o simples contacto com um animal infetado, com o seu pelo ou até mesmo com as suas fezes, não é suficiente para contrair a doença! Para que se fique infetado, os oocistos precisam ser ingeridos. Sabia, por exemplo, que a probabilidade de contrair toxoplasmose é maior ao comer carne mal cozinhada do que ao ter um gato em casa?
Informe-se com o seu médico veterinário antes de tomar qualquer decisão precipitada, pois não há motivos para abandonar ou doar o seu gato. A solução passa pela existência de uma boa higiene no âmbito de uma atitude preventiva, estando a proteger-se a si e a toda a sua família, continuando a viver feliz com os seus animais de estimação.
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Artigo escrito pela auxiliar de veterinária Alice Barbosa do Hospital Veterinário +Ani+ para o Blog +Ani+