Urolitíase é a patologia que se refere à presença de cálculos ou urólitos, as tão conhecidas “pedras”, em algum local do trato urinário. Este local pode ser nos rins, nos ureteres, na bexiga ou na uretra, e neste artigo vamos dar mais relevância aos que aparecem na bexiga.

 

Fatores de risco que podem levar à formação dos cálculos:

  • a raça e a idade do animal,
  • tipo de alimentação,
  • anomalias na anatomia e/ou funcionamento do sistema urinário,
  • presença de infeção do trato urinário (ITU),
  • pH da urina,
  • presença de outras doenças metabólicas.

 

Sinais clínicos apresentados:

  • hematúria (sangue na urina)
  • disúria (dor ao urinar)
  • polaquiúria (aumento da frequência da micção)

A forma mais precisa de determinar o local e a quantidade de “pedras” urinárias presentes na bexiga é com a combinação da utilização da ecografia, da radiografia e da imagem com contraste.

 

Existem vários tipos de cálculos urinários que variam na sua composição:

  • cálculos de estruvite (os mais comuns no gato);
  • cálculos de urato;
  • cálculos de oxalato de cálcio;
  • cálculos de cistina, entre outros.

Os urólitos podem ser mistos quanto à sua composição e o animal pode ter mais do que um só tipo. Alguns deles são passiveis de se dissolverem com uma alimentação específica para o tracto urinário (alimentação calculolítica) e outros não.

O que todos eles, dependendo do tamanho, têm em comum é o grande risco de poder migrar para a uretra e poderem causar uma OBSTRUÇÃO URINÁRIA! E agora?

O ideal é tentar estabilizar medicamente o animal, tentar enviar de novo o cálculo para a bexiga por retropulsão (colocar uma algália e com soro fisiológico tentar empurrar novamente para a bexiga) e posteriormente, se necessário,  proceder à sua remoção cirúrgica.

Contrariamente ao que acontece em Medicina Humana, em cães a cirurgia (cistotomia) é o método curativo de eleição no que diz respeito ao tratamento de cálculos, removendo-os através de uma incisão na bexiga.

Pedra na bexiga

Os cálculos removidos devem ir para análise para se determinar com toda a certeza qual o seu tipo. Posteriormente será elaborado um plano de tratamento de forma a evitar recidivas. Será sempre necessário um acompanhamento com consultas e exames de controlo (análises de urina, raio x e ecografias de seguimento) para se ter a certeza que não há formação de novos cálculos e que tudo está a correr bem com o nosso melhor amigo.

 

O plano de tratamento muitas vezes passa por:

  • fazer uma dieta alimentar específica e prescrita pelo Médico Veterinário,
  • aumentar a ingestão de água,
  • toma de antibióticos específicos e, por vezes, de uso prolongado quando há infeções do trato urinário associadas.

 

Se pretender mais esclarecimentos ou informações específicas sobre este tema, contacte-nos pelo 935 450 515 ou por mensagem nas redes sociais de Facebook e Instagram.

 

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Artigo escrito pela Médica Veterinária Anabela Garcia do Hospital Veterinário +Ani+ para o Blog +Ani+

Anabela Garcia