A vacinação é uma parte muito importante da medicina preventiva, não só por ser eficaz em prevenir doenças, como também para poder evitar tratamentos dispendiosos. Para além disto, também é uma ferramenta para a proteção da saúde pública, evitando a transmissão de doenças de animais para humanos (zoonoses).

Em Portugal a vacinação é obrigatória apenas para o vírus da raiva, no entanto existe um conjunto de outras vacinas que são recomendadas, independentemente do estilo de vida do cão, e que o protegem, de diversos vírus (ex: esgana, adenovirus, parvovirus, virus da parainfluenza, leptospira [agente bacteriano]).

Não sendo também obrigatória, mas muitas vezes recomendada, mediante o estilo de vida do cão, localização geográfica e risco de exposição, podemos destacar a que previne a comumente designada Tosse do Canil – CIRDC (Canine Infectious Respiratory Disease Complex).

A tosse do canil é uma síndrome, que pode ter vários agentes etiológicos associados, nos quais se incluem a Bordetella brochiseptica, vírus da parainfluenza, adenovirus, entre outros. Os animais infetados apresentam-se com tosse seca (por vezes até parecem engasgados), espirros, corrimento nasal e, ainda, de forma mais rara, pirexia (febre) e prostração.

A prevenção especifica desta patologia é sempre muito importante, mas ainda mais em situações em que o animal vai estar em ambiente com outros cães, tais como hotéis, exposições caninas, centros de treino canino, etc.

Esta imunização pode ocorrer por administração injetável ou via intranasal, sendo o plano de atuação distinto. No caso da modalidade injetável, é necessário que da primeira toma ocorra um reforço ao final de 3 semanas e depois anualmente; por sua vez, a intranasal tem atuação em 72h e é de toma única, necessitando apenas de reforço anual. No entanto, o que difere estas duas vacinas não é apenas a via de administração, mas também o tipo de imunidade produzida.

Note que as vacinas diminuem a probabilidade de desenvolvimento da doença, ou, pelo menos diminuem a sua gravidade, assim como ajudam a prevenir o contágio com outros animais.

 

Neste sentido, quando adota um novo membro da família, deve agendar consulta veterinária com o intuito de estar informado sobre o plano vacinal obrigatório e facultativo. Compreender quais as melhores opções para a sua mascote, pode ser crucial para o desenvolvimento de uma vida feliz e saudável. A avaliação da necessidade de vacinação do seu cão e a escolha da vacina a administrar, deve ser decidida juntamente com o seu Médico Veterinário.

No nosso Hospital Veterinário pode contar com uma equipa multidisciplinar para o ajudar e acompanhar o crescimento da sua mascote. Fale connosco!

 

Artigo escrito pelo Médico Veterinário Fernando Ferreira para o Blog +Ani+ .